O coronavírus é um sinal dos tempos do fim?
Podemos dizer que o coronavírus e a doença por ele causada é um sinal do fim? Para responder a essa pergunta, temos de voltar mais no tempo. Desde que Adão e Eva caíram em pecado e, com eles, todas pessoas deste mundo (com exceção de Jesus, é claro), o pecado deixou suas marcas na vida de todas as criaturas, mesmo da criação como um todo. O apóstolo Paulo chega a dizer que a criação tem uma expectativa pelo tempo da volta de Cristo, quando ela será libertada do “cativeiro da corrupção” (Rm 8.21).
Isso significa que no tempo que vivemos, entre a queda em pecado registrada em Gênesis 3 e a vinda futura de Jesus, a criação de Deus (o que por vezes é chamada de “natureza”) sofre as marcas do pecado humano. Terremotos, fome, guerras (Mt 24.7) são alguns destes sinais, de que a criação sofre com os efeitos do pecado. São alguns dos sinais de que não podemos nos apegar às coisas que aí estão, mas saber que Deus irá criar novos céus e nova terra (Ap 21), onde habitará perfeita justiça (2Pe 3.13). Assim, cada guerra, cada desastre natural, cada pandemia – não somente a do coronavírus – marca o fato de que esta criação está doente, por assim dizer, e se encaminha para um fim, ou melhor, para o grandioso ato de Deus de fazer uma nova criação, onde jamais entrará mal nenhum.
Como, então, devemos nos postar diante da situação atual, com a terrível pandemia que assola todo o mundo? Primeiramente, continuar na certeza que já nos foi dada no nosso batismo: pertencemos ao Senhor dos céus e da terra; por ele somos cuidados e preservados. Com ele vivemos já agora pela fé e um dia o veremos face a face. Se a morte vier, sabemos que ele, em Cristo, venceu a morte. Na ressurreição do Salvador temos a garantia de nossa futura ressurreição.
O que mais precisamos fazer neste tempo?
Ora, cuidar daquilo que Deus nos deu neste mundo – nossa saúde, nossa família e todos quantos Deus coloca em nosso caminho. Por isso é um tempo muito próprio para ter os devidos cuidados com a saúde, nossa e de todos quantos nos rodeiam. É tempo de amar o próximo como sempre devemos amar, como Cristo nos amou e nos ama. É tempo de orar pelas autoridades, pelos serviços de saúde, de segurança e por todos quantos precisam continuar nas suas atividades para o bem da sociedade. É tempo de dizer ao mundo em alto e bom tom: nosso Salvador vive e reina, não só nos momentos bons e alegres, mas nas adversidades e provações.
E quanto à vinda futura de Jesus, o que podemos dizer?
Que ela é certa, que só Deus sabe quando será, e que para nós não é motivo de terror ou insegurança, mas de certeza de que viveremos e estaremos com ele na eternidade. É isso que aguardamos e nisso confiamos.